Final de noite, eu zapeando a TV a cabo com nada de interessante na tela. Rodo os mais de 100 canais até que a curiosidade me faz parar num programa novo que discute sexo. Logo vou dormir e apenas 10 minutos serão suficientes para eu me desligar de tudo na poltrona antes de ir pra cama.
Em poucos minutos fica claro que é atração sem sal nem açúcar, uma platéia insossa movida ao comando marcado, uma apresentadora bonita, mas sem gancho para o assunto, afinal falar de temas relacionados à conduta sexual ainda é um tabu na TV tupiniquim acostumada a chanchadas e estereótipos, as pessoas ficam sem introvertidas como se estivessem falando algo tão distante e sem graça (!?!).
Até que não mais que de repente um “game” entre dois artistas tem início. Pá de lá, pá de cá o galã jornalístico é interpelado: “a próstata é o verdadeiro ponto g masculino?” e ai vem à manifestação típica da atitude preconceituosa e difamatória onde o prazer masculino anal/ prostático seria exclusivo e restrito aos homossexuais, ignorando por total a eroticidade da região anal repleta de terminais nervosos e do toque sensual prostático.
Sei que quem todos os homens apreciam essa forma de contato anal da mesma forma que nem todas as mulheres também, mas não se pode negar o potencial da região. A cada dia verifico homens mais liberados dos conceitos da mente social, abertos a explorar o próprio corpo e descobrir novas formas de prazer confrontando paradigmas seculares do que é ser um macho de verdade.
O corpo oferece infinitas possibilidades de zonas de prazer, a próstata é um deles, ninguém se torna mais ou menos homem se descobre que tem prazer em ser tocado intimamente na próstata. Introduzir eroticamente um dedo, um pênis ou objeto no ânus é mais um recurso para a saúde sexual de um indivíduo ou de um casal seja esse casal homo ou heterossexual. A próstata é tão negada quem nem vemos campanhas educativas sobre a importância da prevenção do câncer prostático tão simples de ser diagnosticado e igualmente devastador quando ignorado.
O medo assola, a possível opinião dos outros paralisa e não raras vezes impede o homem de ser mais feliz. Somos um grande ponto g e com certeza quanto maior a gama de experimentações que nos permitirmos maior será nosso potencial de prazer e realização sexual.
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